24.3.08

Idílios (À Moda Antiga)

Vês esse sol que brilha incandescente
E vem bater em todas as colinas?
Vês tu a lua d'ouro e transparente
Que se reflecte n'água cristalina?

O céu deixemos; vês naquele prado
A extasiante dança das boninas?
Consegues ver, naquele vale, deitado,
O bom pastor guardando suas bovinas?

E deixa o prado; sobe n'Avenida.
Crês nesse mar que, em sua correnteza,
Se bamboleia e aos barcos a seu gosto?

Tudo parece nesta triste vida…
Mas tu vês isto bem, tens a certeza?
Pois Tudo é Nada em vista do teu rosto!

4 comentários:

Anónimo disse...

Só vemos a realidade quando queremos ou quando alguém nos "acorda para a Vida". É sempre tão mais fácil pensar que o mundo é um mar de rosas e que o bem e o mal ñ existem, pois nem tudo é visível a olho nú, como por exemplo o lado mais pessoal/intimista ou mais obscuro de cada individuo que todos nós escondemos de alguma forma de todos os que nos rodeiam. :)

Miguel João Ferreira disse...

Sem dúvida. Mas eu, caro Gi, sou um livro aberto. Não escondo nada, nem as unhas dos pés, mesmo quando calço meias e sapatos... :-)

Anónimo disse...

Ninguém é um livro aberto, todos temos as nossas páginas mais danificadas que não queremos que leiam. Tanto eu, como tu e todas as pessoas da nossa sociedade, vê o caso das pessoas que foram maltratadas psicologica ou fisicamente na sua infância ou que passaram por um extremo de pobreza, elas não gostam de dar a conhecer esse lado mais negro da sua Vida.

Miguel João Ferreira disse...

Não sei o que isso é. Sempre vivi às portas do Paraíso e tenho andado aqui só à procura do bilhete que tenho algures no bolso das calças para finalmente lá entrar. Irra que o bolso é fundo que se farta e é pior do que mala de mulher! Até um secador já tirei cá de dentro! Acreditas??