27.5.08

Un Message, Tout-Court, Du Plat Pays

Daqui de Bruxelas faz um sol cinzento, tal como e costume. Valeu-me o escuro do metro para nao ver o do ceu. Ainda assim, alegrei-me mais agora na pele do quase turista do que antes, quando aqui vivi realmente. E acreditam, que deste lado das coisas, sao apraziveis os belgas? E, enorme espanto, ate recebi por meias linhas proposta de regresso! Ou algo que justifica essa ideia. Algo que apelava as artes, a criacao que me justifica e que amo. E foi nesse momento que deveras me emocionei. E pareceu-me entao entender porque nao gostei de Bruxelas da primeira vez que aqui cheguei: porque algo nesta cidade me levava, como me leva, a uma emocao profunda, muito proxima do registo das lagrimas...

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Escrevo-vos sem acentos e cedilhas porque encontra-los neste teclado belga... etc.

25.5.08

Een Brief Ult Amsterdam - Novo Ensaio Sobre a Difamacao

O holandes tem 50 metros de altura e, por isso, o tecto holandes numa prudente medida de albergar, por extraordinario imprevisto de anormal cumprimento, todo o autoctone, atinge, de altura, os 100 metros e 50. Para o duende mediterranico, porem, esta benesse municipe, revela-se, senao um problema de maior, pelo menos um obstaculo pesaroso. E o duende em questao, simpatico leitor, nao precisa de ser muito baixo. Como exemplo da minha afirmacao documentada, ofereco-me a mim mesmo: Agora, exactamente neste instante em que liberto aguas, vejo-me a bracos com 3 dificuldades: a urgencia natural e biologica de uma bexiga que ha muito que nao se exprime e teima por isso em dar conta de si; um caprichoso fecho eclair de um pantalao holandes comprado num mau negocio de rua por 40 euros (tendo eu visto os artistas de tecelagem cozerem-me a dita veste a partir de uma bandeira e de uma camisola velha da laranja mecanica) que deu numa de prender na hora H em que aquela libertacao se impunha; e o malfadado e referido tecto que, de tao alto, apesar do meu imponente metro e setenta e oito de altura (para certas regioes de Portugal), me da chatices que nao lembram ao Diabo. Porque, a altura gigantissima do tecto, e do nivel da anca do mancebo local, levam a necessidade de arrebitar o nivel da sanita e a altura do degrao ate ao mijadouro (que se me perdoe a linguagem). Como consequencia, apesar de supinamente aflito, a primeira coisa por que o duende mediterranico tem de passar antes do tao esperado alivio (e pergunto se havera pior altura para tal) e por uma sessao de alpinismo... Escusado sera dizer que, quando se chega ao topo, ja muita agua correu pelo penhasco.
Concluo pois que, apesar de indiscutivelmente rica e evoluida, a civilizacao holandesa peca lamentavelmente pelo defeito do gigantismo, que nao da treguas a quem nao nasceu com a bencao da perene irrigacao espinal...
Este episodio, porem, caro leitor...
Enfim, mais hao-de vir...

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Escrevo, que me perdoem, sem cedilhas e acentos porque encontra-los neste teclado holandes e um desafio daqueles! Ja me chegou ter de trepar duas horas ate a mesa onde esta o computador - e tenho os pes na cadeira para conseguir chegar ate ca acima!!! Meu Deus, quando chegar a Noruega, como sera????

Novelas del Peru - Ensaio Sobre a Difamacao

O peruano tem meio palmo de altura e, por isso, o tecto peruano, numa prudente medida de albergar, por extraordinario imprevisto de anormal cumprimento, todo o autoctone, atinge, de altura, o palmo e meio.
Para o gringo, porem, esta benesse municipe, revela-se, senao um problema de maior, pelo menos um obstaculo pesaroso. E o gringo em questao, simpatico leitor, nao precisa de ser muito alto. Como exemplo da minha afirmacao documentada, ofereco-me a mim mesmo: Agora, exactamente neste instante em que liberto aguas, vejo-me a bracos com 3 dificuldades: a urgencia natural e biologica de uma bexiga que ha muito que nao se exprime e teima por isso em dar conta de si; um caprichoso fecho eclair de um pantalao peruano comprado num mau negocio por 40 soles que deu numa de prender na hora H em que aquela libertacao se impunha; e o malfadado e referido tecto em que, apesar do meu insignificante metro e setenta e oito de altura europeu, tenho dado inumeras caroladas.
Concluo pois que, apesar de indiscutivelmente rica, a civilizacao peruana peca lamentavelmente pelo defeito do nanismo..
Este episodio, porem, caro leitor, nao e senao um cheiro breve e despretencioso dos inumeros inconvenientes e sarilhos que teve esta minha acidentada viagem...

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Escrevo, que me perdoem, sem cedilhas e acentos porque encontra-los neste teclado peruano e um desafio daqueles! Ja me chegou ter de me curvar em duas partes (valha a verdade, nem sei como fiz isto!) ate a mesa ca abaixo onde o computador supostamente esta em cima- e tenho, veja-se bem!, a cabe;a debaixo da cadeira onde, creio, devia ter o c... sentar-me.
Meu Deus, quando chegar a Amazonia, como sera????

Nota Previa Sobre Este Sopro de Lazaro

O Gume veio matar saudades de si mesmo, mas nao esta ainda operacinal. O regresso a sua publicacao normal, nao vira antes do primeiro de Junho, nem depois, pelo que arrisco a dizer que se dara nessa data. Se puder mandar-vos um postal do Atomium de Bruxelles, fa-lo-ei com gosto. Mas nao prometo, meus amigos, para nao vos falhar - o Gume nao promete, cumpre - e o que sofre por viver de maos dadas com a honra!

1.5.08

Amigos, Não é Adeus, Mas Até Já... Le Gume Part en Voyage...

Eu dou graças ao dia 1 de Maio que me deixa hoje a trabalhar na preguiça e abre caminho às minhas férias. O Gume, gumoleitor, vai hoje acabar os últimos preparativos para zarpar deste país de moscas e, colocando a real peida num real abiom da Iberia, embarcar para o Machu Pichu, seguindo-se um modesto périplo por terras de Europa (depois de voltar da América do Sul, entenda-se, para os mais distraídos ou susceptíveis, não estou a dizer que o Machu Pichu é na Europa).
Quer isto dizer que o Gume se absterá de anotar os seus sarcasmos neste espaço durante todo o mês de Maio. Ainda assim, nada temeis, o Gume não morre, descansa. E, mais esplendoroso e vivaz do que nunca, há-de regressar da sua viagem espiritual com duas peruanas, uma guitarra e um pifarinho típico do local e umas quantas folhas de coca - para curativo e chá.
Serão depois aqui registadas as fotografias da praxe (vá, uma ou duas: O Gume no chuveiro, e o Gume na sala de passe), directamente importadas de Lima e depois de Cusco, e o meu relatório de viage. Já estive a pedir conselhos úteis a gentes que sabem da poda da escrita de viagens para com todo o rigor jornalístico-literário vos aspetar aqui com o material mais interessante da minha vadiage.

Bem hajam, fieis leitores,
Pensarei muito em vós (pelas barbas da Virge Maria que juro isto ser verdade!),

O Vosso Gume.

Trabalhador!

Foi Hoje o dia Um de Maio? Aquele dia da reinvindicacao e do descanso? Que curioso! Parece que passou e tu nem deste conta! Ah, sim, a trabalhar? E calado? Felizmente nasceste portugues, nao e? Que orgulho tao grande!

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PS: Para os que andam preocupados com o trabalho precario e o desemprego, alegrem-se muito que o Gume traz boas noticias: Mais um mes ou dois e ja comeca o Euro!!!

PORTUGAL! PORTUGAL! PORTUGAL!

Entao, essas palminhas, essas bandeiras???