11.3.08

Eu é Que Sou Parvo!

Nunca tomar qualquer decisão de cabeça quente, nem falar, escrever ou agir quando irritado. As consequências dessa imprudência pueril dão mais dores de cabeça e aos sentidos do que a irritação anterior. Se alguma vez a irritação anteceder uma decisão importante, ou uma mensagem, ou uma frase dita, arranjar um balde de água com gelo. Mergulhar dentro a cabeça. Esperar vinte minutos. Medir a temperatura com termómetro. Repetir a operação tantas vezes quantas necessárias até verificar, com o auxílio do termómetro, que a temperatura da raiva desceu abaixo de zero. Procurar uma parede e bater cem vezes com a cabeça. Abrir as janelas de casa e gritar para a rua, balouçando muito no parapeito exterior: «EU SOU UM PARVO». Descer da janela, fechá-la e correr as cortinas. Tomar um banho frio, beber um chá (gelado) e marinar em conveniente letargia durante 60m. Ir ao espelho, observar o ridículo. Vestir-se convenientemente. Voltar ao espelho. Reconhecer a pequenez de tudo. Depois sim, agir, escrever, falar. Já o mundo não será tão indiferente, pois não, Miguel? Onde está um balde quando se precisa dele?

Memorandum: Trabalhar esta cura em versão condensada.

2 comentários:

Isa disse...

se te serve de consolo, um gajo passa uma vida a repetir os mms erros. bjs

Miguel João Ferreira disse...

Obrigado Isa. Não é consolo saber que há mais "quem peque", mas é-o saber que pode haver "perdão", senão remédio. E merda!, um gajo tem de aprender mais cedo ou mais tarde! Que tenha de viver eternamente com orelhas de burro, seja!, mas que elas não se devam sempre à mesma história!
Bjs, volta sempre :)