30.6.08

Última Missiva

És vil, és reles, como toda a gente,
Não tens amor p’ra dar, mas quem o tem?
É só o Egoísmo, esse Insolente,
Quem manda nos afectos por[1] alguém.

Gostas por gostar como quem gosta
De fumar charutos de manhã;
Sentir é para ti como uma aposta,
E o coração, um rústico tantã!

Buscas o prémio – todos queremos prémios;
Buscas um ganho material e ôco;
Buscas, não o negues, o prazer.

É toda a gente avara pelos grémios.
Tudo o que tens, enquanto o tens, é pouco;
Vale todo mal, menos perder…

[1] Nota do Autor: Versão Alternativa: De

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